<em>Portucel Viana</em> parou dois dias
Depois de pressões e ameaças, para tentar diminuir a adesão dos trabalhadores, a administração acabou por chamar a GNR, para identificar os elementos do piquete de greve.
Os trabalhadores não se deixaram intimidar pelas pressões patronais
O centro fabril da Portucel Viana, em Deocriste, Viana do Castelo, esteve parado durante sexta-feira, 30 de Novembro, e segunda-feira, 3 de Dezembro, por força da elevada adesão dos trabalhadores à greve convocada pelo Sindicato das Indústrias de Celulose, Papel, Gráfica e Imprensa.
Ao dar nota dos efeitos da paralisação - promovida para contestar as medidas da administração para reduzir o complemento de reforma -, o Sincelpagrafi/CGTP-IN revelou que a empresa «desenvolveu indevidas pressões, durante os dias que antecederam a greve, com o objectivo de diminuir a adesão dos trabalhadores». «Essa pressão foi também acompanhada pela tentativa de introduzir nas instalações, durante o período de greve, pessoas que não pertencem ao quadro de pessoal da empresa», acrescentou o sindicato.
No entanto, os representantes sindicais, nos termos legais, para salvaguardarem a segurança e a manutenção de equipamentos e instalações, não permitiram que tal tentativa tivesse sucesso. «A lei da greve proíbe, inequivocamente, a substituição de trabalhadores em greve ou da sua actividade, pelo que seria inadmissível que pessoas que não pertencem ao quadro da empresa pudessem entrar, permanecer e circular» na fábrica, afirma-se na nota divulgada sexta-feira à comunicação social.
Na segunda-feira, «cerca das seis horas da manhã, uma patrulha da GNR foi à empresa, informando que ia a pedido da administração, para identificar os trabalhadores que estavam no piquete de greve», revelou o sindicato, numa nota distribuída poucas horas depois, afirmando que tal ocorreu «no seguimento de indevidas pressões e ameaças» anteriores.
Foi requerida a intervenção da Inspecção de Trabalho (agora denominada ACT), para que a administração fosse «instruída e fiscalizada sobre eventuais e ilegais comportamentos».
A administração da Portucel Viana - empresa do Grupo Gescartão, detido pelos espanhóis da Europac, que adquiriram em 2005 a parte da Sonae, com quem estiveram aliados na privatização - desencadeou, em Novembro de 2006, um processo para reduzir o valor do complemento de reforma. Este direito, acordado entre a empresa e os sindicatos e que está integrado no Acordo de Empresa, no regulamento de regalias sociais e no plano de pensões, poderia assim ter cortes de 50 por cento, no caso dos trabalhadores que hoje têm 50 ou menos anos de idade.
Outras greves, realizadas nos dias 4 e 5 de Janeiro e 19 de Outubro, contra esta medida tiveram também elevados níveis de adesão.
Ao dar nota dos efeitos da paralisação - promovida para contestar as medidas da administração para reduzir o complemento de reforma -, o Sincelpagrafi/CGTP-IN revelou que a empresa «desenvolveu indevidas pressões, durante os dias que antecederam a greve, com o objectivo de diminuir a adesão dos trabalhadores». «Essa pressão foi também acompanhada pela tentativa de introduzir nas instalações, durante o período de greve, pessoas que não pertencem ao quadro de pessoal da empresa», acrescentou o sindicato.
No entanto, os representantes sindicais, nos termos legais, para salvaguardarem a segurança e a manutenção de equipamentos e instalações, não permitiram que tal tentativa tivesse sucesso. «A lei da greve proíbe, inequivocamente, a substituição de trabalhadores em greve ou da sua actividade, pelo que seria inadmissível que pessoas que não pertencem ao quadro da empresa pudessem entrar, permanecer e circular» na fábrica, afirma-se na nota divulgada sexta-feira à comunicação social.
Na segunda-feira, «cerca das seis horas da manhã, uma patrulha da GNR foi à empresa, informando que ia a pedido da administração, para identificar os trabalhadores que estavam no piquete de greve», revelou o sindicato, numa nota distribuída poucas horas depois, afirmando que tal ocorreu «no seguimento de indevidas pressões e ameaças» anteriores.
Foi requerida a intervenção da Inspecção de Trabalho (agora denominada ACT), para que a administração fosse «instruída e fiscalizada sobre eventuais e ilegais comportamentos».
A administração da Portucel Viana - empresa do Grupo Gescartão, detido pelos espanhóis da Europac, que adquiriram em 2005 a parte da Sonae, com quem estiveram aliados na privatização - desencadeou, em Novembro de 2006, um processo para reduzir o valor do complemento de reforma. Este direito, acordado entre a empresa e os sindicatos e que está integrado no Acordo de Empresa, no regulamento de regalias sociais e no plano de pensões, poderia assim ter cortes de 50 por cento, no caso dos trabalhadores que hoje têm 50 ou menos anos de idade.
Outras greves, realizadas nos dias 4 e 5 de Janeiro e 19 de Outubro, contra esta medida tiveram também elevados níveis de adesão.